segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Expectativas!

E aí pessoal!

Vocês já viram que no cantinho direito superior do blog tem uma enquete, né? Garanto que essa é a última pergunta que eu faço neste post.

Tudo isso pra dizer que este post é feito de expectativas para o próximo post. Portanto, você que curte e acompanha o blog, fique de olho, sempre atento aos anúncios no twitter e no facebook!

Obrigado a todos pela atenção, e pela frequência por aqui! Até o PRÓXIMO!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Culpa

Tenho um segredo pra contar pra vocês: a culpa é toda minha.

Sou réu confesso, mas confesso que não sabia, descobri, mas que bom, nem é tão tarde assim.

Nem sempre é fácil admitir, não é confortável, mas não vejo outra saída, preciso dizer: a culpa é minha sim. Mas talvez minha culpa aumente um pouco, porque você, ao ler isto aqui, pode também se sentir culpado. Mas garanto que, enquanto eu estiver escrevendo, e você lendo, a culpa ainda é minha: pra onde a culpa vai quando aqui eu terminar, eu não sei. Mas só sei que vai.

Somos capazes de fazer sorrisos, risadas que saem de nós e se estampam em outros. Somos capazes também, de consolar muitas vezes corações que se auto-julgam inconsoláveis. E sabemos atribuir a razão de tais feitos, sem modéstia alguma, a nós mesmos.

Por que será, que não sei atribuir a mim mesmo, as vezes que nem sempre sou tratado como queria? Nem sempre escuto de volta o meu "bom dia"?

A culpa é minha. Eu sempre precisei saber, e agora sei, que quando não bastar somente me dar, é porque vai ser preciso retirar do outro o seu melhor. Já ouvi dizer que quem encontra um amigo, encontra um tesouro. E não é por acaso: é preciso conhecer aonde brilha, e para que o brilho oposto não se ofusque, é preciso que eu busque sempre o brilho. Que eu saiba tirar a poeira, a sujeira. Olhando pro meu umbigo, não consigo, achar o brilho que o oposto pode dar.

E é por isso que a culpa por enquanto ainda é minha, pois as palavras já se findam, as letras se esgotam. E na medida que cada palavra sai da minha cabeça, junto com cada letra, grudada e entrelaçada vai a culpa. Já não há mais espaço pra olhar pra si, e se culpar: preciso olhar pra frente, para os lados, e para trás. E assim, sutilmente, sem festa e sem desespero, dê boas vindas para aquela que era minha, e agora passa a ser sua. E lá se vai a culpa...

Pensamento remetente, de repente

Esta não é uma carta apaixonada,
Nem se trata de promessas do que serei.
Também não peço o que em ti mais quero,
Nem mesmo enxergo como o amanhã pode se trazer aqui.

Tudo isso pra dizer que eu não sei o que quero amanhã
Só sei dizer o que não quero.
O amanhã, se vier, pode chegar!

E o que eu não quero, apesar de tudo, é quase nada
Nem pesar na embalagem, vai pesar.
Pensando bem, é bom pensar só amanhã,
Porque o hoje tá tão bom de se viver!

Do céu, não peço nada mais que a chuva
Pois até o vinho, vem da terra, vem da uva
E, chovendo, o que colhi, vira meu pão
E ali, alimentado viverei.

E sem peso, nem desprezo vou saindo
Vagaroso, pro jajá, me encaminhando
Se me encontro já me fujo, me esvaindo
No caminho, me encaminho pro amanhã.

Feito dança, feito roda, roda viva
Vivo, e viva, Se assim bom me julgar!
Finjo, caio, rodopio, pulo, paro
Mas do passo, não me canso de dançar!

O meu rastro, por aí, vem me seguindo
Muito grato sou de hoje te encontrar
Amanhã, se quiser ter meu destino
Folha em branco, em tuas mãos, Deus vem te dar.

Naturalmente, sem corrente, uma semente
Decorrente de um ontem, vou plantar.
E dessa chuva, na torrente não afogue,
Pois só peço pra molhar, nutrir: e brote
Em boa terra, neste agora, o que será!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sinfonia Cotidiana

Calmamente, a Lua foge, e dá lugar, todo dia, ao Mestre Sol.

E em sua chegada, como que em um acordo firmado, o dia começa. A luz nos acorda, o acorde nos levanta. E, vagarosamente, sem ensaio e sem arranjo, a sinfonia cotidiana toma forma, e suas apresentações não costumam se repetir.

Sol em mim já não é luz que brilha, mas são duas notas em harmonia. Em pequenos disparos, marcando o passo, o coração nos dá o andamento de como devemos passear. E é preciso caminhar sem dó. Afinal, nessa sinfonia, ela não nos permite viver de ré.

Sem dó, sem medo de errar, pois nessa sinfonia errar faz parte da beleza, que nos dá a certeza que viver é natural, e sem mal algum a gente vive, e é preciso viver cantando a melodia. Por mais que à noite, já não se veja mais a primeira harmonia, Sol em mim não é impossível, a Lua em Si traz um Sol menor. E naturalmente, todo dia, seja possível ouvir o coração, e não ver nele só um sinal de sobrevivência, mas sim, um convite à harmonizar a tua melodia, com a sinfonia cotidiana.

(Depois de uma semana sem postar por pequenos probleminhas, tá aí mais um post, só pra desenterrar mesmo! Interaja conosco nos comentários!)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uso capião? Aqui não!

Shhhhhhh, silêncio. Mais respeito! Você sabe onde está?

É engraçado dizer isso, mas quem tá falando sou eu, diretamente da sua cabeça! Mais silêncio!
Não me pergunte como eu entrei aqui, mas a verdade é que, sem permissão ou não, estou aqui.

Não serei como um médico, e te direi o que precisa de cura. Não. Nem serei como um domador, que dominarei seus pensamentos e... não! Eu estarei aí enquanto você estiver lendo isso aqui! Não vá agora não!

Com minhas silenciosas palavras, quero te alertar que tem muita coisa e gente gritando por aí, e fazem questão de gritar ao pé do teu ouvido. Compre, Use! Vote, Beba! Acredite, Seja!
Começa assim, uma poluição sonora dentro de você, invisível, mas destruidora. O que eu posso te adiantar é que, pra eu poder estar aí agora, eu tive que batalhar por um espaço.

Adianto que assim, silenciosamente, por aí agora passo, e faço questão de te dizer: exija o teu respeito, mostre o teu espaço! E que silenciosamente a tudo isso você possa responder, como quem grita sem dizer: Respeito é bom, e eu gosto!

Que o silêncio não te esvazie, mas mostre o respeito às coisas que tu tens aqui. E quantas coisas boas, apagadas, pixadas, esquecidas. O carnaval que aqui passou precisa te deixar só a alegria, e não a sujeira. Permita o silêncio te apontar novamente todos estes lugares, e mais uma vez, grite! Ainda que silenciosamente: Mais respeito!

Dê a chance a você de ser você, vindo diretamente de? Você! Permita-se ser, observar, aproveitar. Crie, imagine, realize. Dê a voz a quem merece, dê a vez a quem pode. E tudo, vagarosamente, volta ao Seu normal... E aí sim, é possível mais uma vez, conhecer este aí, este aqui, melhor dizendo: Quero apresentar a você, você!

E assim, silenciosamente vou saindo, e te dando o seu lugar. Shhhhh...

NOVIDADES POR AQUI!

Atenção, atenção! Vim aqui para postar uma novidade no blog! É a seção Cartão de Visita, que você pode ver aqui acima, em nosso menu.

Lá você fica por dentro da finalidade do blog, em resumo.

E atenção novamente! Temos lá também agora, um explicativo sobre como interagir com o blog! Portanto, dê uma clicadinha lá, e veja como participar e fermatar os pensamentos, cabeça por cabeça!

E eu também gostaria de agradecer a marca que alcançamos por aqui! Para um blog pessoal, é uma marca assustadora ver que em tão pouco tempo, chegamos às 900 visitas!

Então é isso! Jajá post novo! Obrigado ;D

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lúcida embriaguez

Já dizia Belchior que viver, é melhor que sonhar. Mas experimente tirar os sonhos da vida.

Viver, ultimamente, só é melhor porque se sonha. Manter-se de olhos abertos há muito tem sido uma tortura a qualquer coração que pense, qualquer cabeça que ame. É tudo cada vez mais quente, inconsciente, inconsequente, estridente, excludente. O vizinho não sabe viver, e eu não sei conviver com o vizinho, sobra culpa e culpado pra todo lado. Viver é melhor que sonhar? Já é hora de jogar tudo pro ar?

Mais uma dose de sonho, por favor!

Outro dia, mais um dia. Os dias passam, a gente fica, e fica cada vez mais feia a situação por aqui, nesse lugar chamado realidade. O que antes se chamava desafio, agora é impedimento. O que era barreira, virou impossível. Até estrelas quando caem, já não caem mais acompanhadas dos nossos pedidos, de olhos voltados para o céu. Olhar para o céu? Alguém consegue? Olhar para os lados, e para baixo, não têm sido suficientes para buscar um saída. Ainda nos resta olhar para o céu, pedir aos céus. O dia já acabou, hora de fechar os olhos.

Outra dose de sonho. Agora, com um pouco mais de esperança, se não é pedir demais.

Ctrl+C, Ctrl+V. O ser humano e a grande capacidade de se repetir por sobre os dias, a vida se torna tão igual assim. Viver só é melhor que sonhar, se sonhar te levar a viver. Só peço a Deus para que toda noite me alimente com sonhos, que me apontem pra realidade. Só peço o combustível para que eu possa caminhar em paz. E só peço a gentileza de não errar a avenida que me transporta da vida pro sonho, e vice-versa, para que eu busque de lá, o que eu preciso cá, e eu preciso. Quero viver para dar continuidade a sonhos, e só peço para que estes, por sua vez, nunca se esgotem, nunca!

Mais uma dose, por favor!


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Meu espelho, teu espelho (visões poético-biográficas)

Muito prazer, Este sou Eu.
Carrego comigo eu mesmo,
Aquilo que de mim não se perdeu,
E aquilo que não foge do que eu mereço.

Estar, querer, buscar
Querer, sentir, querer
Passos largos, pulso, respiração
Ar, sentido, razão.

Estando aqui, carrego a bagagem de onde estive
Por onde passei, por onde quis passar
O querer me arrastou até aqui
E o buscar, me ensinou a não ficar

Feito chama, feito luz, feito calor
O que quis ontem, leva ao quero e ao querer
Se por frio, por escuro, ou amor
Eu já fui, penso, quero e sou

No caminho, de passagem eternamente
Minha visão não pode se acostumar
A ver sempre a mesma cor, o mesmo brilho
Se parado, eu assim, te encontrar

Caminho sobre as vontades, o pulso marca o tempo
Respiro a beleza da vida, expiro a vida em canção
Vejo o agora como certo
Enxergando um horizonte em questão.

(Arrisque-se ao me ver em você
Ou seria se ver em mim?
Chamo a esta poesia, espelho
Hoje, escrevo e me vejo
Amanhã você lê, e enxerga
Que como eu, até foge e nega,
Mas, comigo, acaba sendo mesmo assim.)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inocência x Esperança

Innocence

I woke today
Inside a train of dreams
The rain poured down in black and white
I stood and stared
The rest of what remains
Of my own world crumbling around

I held my tears
One day comes after another

The falling rain
Caressed my skin again
Just let it flow to wash away
A time gone by
A feeling long denied
My heart is no more bound in pain

And now it's clear
One day leads on to another
I dry my tears
There's so much else to discover
Somewhere

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

And now it's clear
One day leads on to another
We'll fight our fears
And find the way back to each other

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

Esses dias, revirando minhas coisas do Shaman no meu PC, me deparei com essa música, em meio a uma audição do disco onde ela está contida, "Reason". Em meio à toda beleza instrumental dessa canção, a letra dela me chamou atenção, a começar pelo título.

Nós muitas vezes pensamos estar perdendo a inocência na transição da infância para a vida adulta. Mas se isso for uma verdade absoluta, como então reconhecer ter passado essa fase transitória? É possível definir o seu fim?

Se isso for uma verdade absoluta, será que podemos dizer, no último suspiro, no fim da vida, que atravessamos a ponte que nos leva a uma completa falta de inocência?

O compositor desta música pôde me provar, que eu estou passivo a responder minhas indagações com um sonoro NÃO.

Quantas vezes a gente não acorda com a sensação de que tudo que está ao nosso redor agora cheira a passado, com um gosto amargo, típico de coisas que já não fazem mais sentido... A nossa visão se converte a uma espécie de daltonismo, onde um arco-íris pode ser contemplado em preto-e-branco... Mas o coração, ao bater, meio que nos acorda do que seria um sonho triste, ou nos leva a anseiar por um novo dia, alimentado de um verdadeiro sonho.

Coisas que vivenciamos todo dia, podem nos fazer entender que cada passo que se dá nesta terra de ninguém pode ser como uma vagarosa construção interminável, ou uma destruição de uma muralha a pequenas pedradas solitárias. A transição de sensações tão contrárias é quase que imediata.

Construindo, ou destruindo, no final, a inocência que se esvai dá lugar à esperança, que nos mostra que não saímos do caminho, ele ainda está aí, bem debaixo dos nossos pés. O que nos somos capazes de ver é que, o caminho que está por trás de nós agora se chama experiência, e a memória vai nos permitir sempre visitar estes caminhos passados, para que não seja necessário estarmos presentes fisicamente no que já passou.

E se nesse caminho que trilhamos, estamos em busca de recuperarmos o que perdemos, ou se estamos buscando o desconhecido, acredito que tudo isso é a mesma coisa, uma questão de ótica. Se corremos em busca da inocência perdida, o que mais é a inocência, do que a capacidade de ver o mundo com um ar de novidade?

Por isso, quero cada vez mais os sonhos, a idealização, a esperança. Para que não falte vontade de ver a vida como uma criança crescida. Isto aqui ainda pode me divertir, eu ainda estou aqui! Que o não, dado para as minhas próprias indagações, não me faça desanimar, e nem desistir de viver em busca do SIM. A isso você pode chamar de inocência, ou esperança... Depende de como você vê.

Link para tradução e áudio da música:




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Favor entregar no destino correto!

Remetente: Eu
Endereço: A minha maior paixão

Destinatário: A minha maior paixão
Endereço: Pavilhão existir, Cela Liberdade

Na prisão de tuas mãos, encontro a mim e a liberdade
Que me permitem ver os limites entre as pontas de teus dedos, onde não mais te respiro
Não pedi para estar aqui, também não peço pra sair,
Me ver em tuas mãos é minha única verdade.

Na estranha sensação do possuir, em tuas mão me arrisco a também ter-te
És verdade, és real, sei que um dia vou te perder
Mas por mais que mais me tenhas,
Também e só a ti posso ter.

E no mais íntimo, fugindo até de mim, ainda assim te encontro
E até rendido, desarmado de mim
Diante, dentro, sendo contigo, entrego os pontos.

Só posso assim, agora querer-te
E em ti, o pensamento fincar
Aproveitar cada segundo,
Não posso querer te alcançar, tampouco estar ao teu lado
Estás em mim, e é em ti que posso me encontrar

Tenho medo de pensar que tua mão pode me soltar
E por mais que saiba que a verdade deste dia bem exista
Me esquivo, me conforto, aqui é sim o meu lugar!
Tu me tens, quero ser eternamente teu!

A ti dedico minhas horas, meus dias, meu pensar
A ti, minha maior paixão,

Vida.

(Agora sim, a vocês leitores, perdoem-me a falta de inspiração!
Quem pode fazer essa entrega pra mim?)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Viver, vivendo

Eu hoje passei o dia com uma música na cabeça, e eu não poderia ir dormir se eu não escrevesse hoje aqui sobre como ela fez eu pensar.

Confesso que, apesar de ter um gosto bem abusado em termos musicais, tem coisas bem pop que eu gosto muito.

Eu hoje lembrei de uma música do Bon Jovi (banda americana que estourou nos anos 80 e para se manter hoje em dia, se reinventou de maneira mais comercial), chamada "It's my Life". E eu nunca pensei que ela me faria pensar como fez hoje.

Me surpreendi com a letra dela em geral, mas uma frase chamou atenção: " I just wanna live while I'm alive" (Eu só quero viver enquanto estou vivo). O mais legal é que, vendo pelo contexto da música, ele não tratava de uma filosofia barata do tipo "vamo viver feito doido, enquanto temos tempo". Ele fala justamente do sentido da luta que é viver.

Vi que tem muita gente viva, e morta ao mesmo tempo. Gente que vive pra contar os segundos, minutos e horas de seu relógio. Gente que vive pra passar as folhas do calendário. Quantos acontecimentos dolorosos também, que podem nos fazer morrer sem percebermos.

A morte é algo certo, mas tem sua hora. E, que bom é saber, que tudo tem sua hora. Melhor ainda é saber que temos mais tempo pra viver, pra morrer nós ainda teremos a hora. O que temos e o que teremos são coisas distintas, e ainda bem! Tem gente que conseguiu a proeza de misturar estes momentos, estes tempos.

Eu não viverei para sempre, tudo que tenho agora, é o agora. Eu só quero viver enquanto tô vivo, se é pouco tempo ou não, precisamos fazer de tudo para que a vida que tenho possa ser geradora de sorrisos, de lágrimas doces, de presença. Temos o tempo do "enquanto" para fazer a vida mais que uma passagem: existem atos que perpetuam a nossa existência na vida de quem vai ficando por aqui, e mesmo que os méritos não sejam creditados a você, gerações e gerações podem aprender a viver de uma maneira mais leve, viver enquanto vivem, se assim eu e você também fizermos.

Eu vejo esse blog de forma muito singela, não penso que ele me trará sucesso, ou fará de mim grande escritor. Mas eu sei que, eu não posso me conformar em ser mais um, que conta os dias olhando pro teto.

Que a minha luta pessoal ganhe sentido na vida de cada pessoa que se enche de esperança ao ler coisas tão minhas como este texto, e que coisas como você acabou de ler te gere também inconformismo, será que dá pra continuar vivo, morrendo?

Que fique aqui, o relato de que eu ainda estou vivo, e que se vocês me derem licença, vou viver! E vou viver assim, vivendo!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Amanhã, e agora?

Essa afirmação seguida de uma indagação pode ser fundamental quando se pensa em existir. E existir já não é tarefa tão fácil.

Se engana quem pensa que "penso, logo existo". Quantas vezes ouvimos pessoas dizer "Pra mim fulano nem existe", "finjo que ela não existe"... Eu diria, então: "Penso, posso existir".

Não existe nada que me faça pensar mais do que imaginar que existe um amanhã. Aquele danado incerto que carrega o certo do passado para o que há de ser presente.

Acontece que, ao pensar muitas vezes no amanhã, deixamos de existir no hoje, e mais uma vez o duelo Vazio x Vazio se trava. E agora?

O Agora vive no meio do fogo cruzado existente entre o passado e o presente. E nessa luta preciso tomar meu partido, decisão. Meu Agora precisa deixar de ser uma destruição do passado, para ser uma construção do amanhã. E agora?

Pensamento, impulso, silêncio e som. Coisas que dando seu contraste nos convidam a fazer a harmonia de tudo: De um passado negro ou nem tanto, de um futuro em branco, mas principalmente, das cores e possibilidades que temos em nossas mãos, pra fazer da existência algo mais interessante do que uma obra em tons de cinza.