segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eureka!

No meio de tanta tralha dentro de mim, descobri um coração!

E, com certo cansaço ainda batia, mas o som de seu bater era abafado, ocultado pela tralha. Batia, como quem também tivesse cérebro e razão, e com insistência ainda bate, cego em esperança.

E foi assim, cego, que cheguei a pensar que fui criado para ser como uma máquina. Liga/desliga, funcionamento, produção! No máximo, um pouco de manutenção. Sentir não parecia algo apropriado para mim.

O pior de tudo, é que esta descoberta vai ser algumas vezes esquecida, e precisará ser redescoberta mais na frente, como se fosse novidade mais uma vez. Já não sei dizer se essa é a primeira vez que escuto em meio aos escombros este ser batente.

O que importa, é a descoberta! E eu não sei quanto tempo este achado estará em minha memória, eu preciso convencer essa lata de carne e osso, que no meio de todo o entulho eu achei um coração! Como um tesouro achado em mim mesmo, me convidando a sentir o calor do bater, e a pulsar, caminhar, respirar junto com ele!

Sentir, essa é a minha mais nova descoberta!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

De outro mundo

Somos seres mágicos, encantados... Dotados de sensibilidade, abstração e subjetividade.

Indivíduos que têm em si a facilidade de encantar, sem fazer força... Um simples "ser" faz tudo acontecer diferente, e causa sensações, emoções, confusões.

Capacitados de olhar além, de escutar a riqueza do discurso do silêncio... Expressar a alma, retratar o coração. Desafiar a inteligência, explorar os limites.

Às vezes são estranhos. Têm costumes e manias. E todo esse mistério nos torna ainda mais encantados, encantadores... COMO SE FÔSSEMOS DE OUTRO MUNDO.

Ah, somos seres mágicos, sim! Sensibilidade, abstração... Capazes de encantar, e, acima de tudo: dotados de humanidade.

Pffz... Como se fôssemos de outro mundo! Talvez até seja, um outro mundo onde existe conta pra pagar, trânsito pra enfrentar, luta pra viver... Mundo nosso, igualzinho a esse!

Além de músico, preciso aprender a ser humano, e herói. Pois grandes poderes... né, Homem-Aranha?


terça-feira, 17 de maio de 2011

Resultado do Desafio: Ag(o)radeço!

Para dar uma nova cara ao desafio, e deixar as coisas mais organizadas, tomei duas medidas!

A primeira, é uma explicação sobre o desafio, que você pode acessar clicando em 'Promoções', em nosso menu. Lá, todos poderão encontrar uma instrução clara de como o Desafio está acontecendo. Ainda assim, aqueles que tiverem dúvidas, poderão me contatar.

E a segunda, é que eu vou dedicar um post inteiro para a divulgação do ganhador, do seu argumento, e da minha explicação sobre o post em questão!

Pois bem, vamos lá!

Quem ganhou o desafio dessa vez foi a Juliane! (quem não sabia?)

Lá vai sua explicação:


[Agradeço] tem explicitamente sentido de AGORA-DESÇO. Talvez ele desça pro mar, já que só sobe uma vez por outra pra 'pegar ar', ar para respirar, ou uma bela de uma 'pegada de ar', uma raiva da braba!

Obrigado! Não necessariamente agradece, mas expõe seu sentido de 'obrigação' em ter que agir da maneira que descreve.

Nada! Nadinha.
Nada! Nadando. no imenso mar de nada, que nada!

Só mente = apenas mente, mente a minha mente sobre o que é água pra mim...
Ao mesmo tempo que possui sentido de SOMENTE, é somente a minha mente, que mente!

Só mente , mente só.

E mente sozinha.

No fim o peixe que não vive só de ar, deve descer, e a mente que mente, somente sobre a água, descobre que não é mole não!

E no final das contas agradece e desce, ainda que OBRIGADO, enfim.



Sendo assim, lá vai a minha explicação:

Se esse post tem um objetivo em si, seria brincar com o sentido da palavra "Obrigado". Obrigado, no sentido de agradecer, e obrigado, no sentido de não ter escolha.

Nos dias de hoje é cada vez mais claro a ideia de que fazemos coisas demais, andamos praticando pouco a questão de respirar! Logo, eu pensei na analogia de procurar comparar a nossa vida como a vida dos peixes, obrigados sempre a nadar, e as vezes, sobem à superfície para pegar mais ar, respirar.

São poucas as vezes que, hoje em dia, temos o privilégio de pensar, se deleitar com uma música, sentir o vento no rosto. E das vezes que temos oportunidade, são curtíssimas. É o tempo de respirar, e voltar pra o imenso nada, pra nadar.

E, forçado que somos a cumprir nossos objetivos, quebrar records mundiais todos os dias, nossa mente acaba sendo adestrada a acreditar que ainda assim, essa água que nos sufoca, que nadamos sem fim, é mole, e não temos o direito de reclamar.

Apesar de toda a tristeza e introspecção que mergulhamos ao ler o texto, a última estrofe nos indica uma esperança possível, talvez uma aceitação que água é mole, e que ela é o destino do peixe (nós). Mas não podemos aceitar que as águas nos levem, remamos contra, e ainda assim, agradecemos, pois ainda é possível encontrar nas forças dessa correnteza, a beleza de viver!


É isso!

Comentem sobre a ganhadora, sobre sua explicação, e a minha! E esperem o próximo DESAFIO!




quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ag(o)radeço!

Obrigado!
E logo depois de nada, não tem de quê se orgulhar
Não tem de quê se aventurar, não tem...

Nada!
Agora desço pra realidade, nado no imenso nada
Subindo às vezes pra pegar mais ar, e só...

Só mente!
A minha mente sobre o que é água pra mim
Nem sempre água quer dizer algo que é mole, enfim

No fim, nunca vi peixe viver só de ar
Contra a maré, tô sempre a remar
Remanescendo sem poder e ter do que reclamar...

Obrigado!





sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma coisa puxa outra.

Apreço, preço que paguei
Pra ter sossego na vida.

Linda, ainda que real
E minha, na medida em que caminho.

Indo, preferindo não parar
E sentindo a existência me arrastar.

Hoje, amanhã, ontem, sei lá!
Tempo é medida pra pouco,
E pra ser pouco, lutam pra me ensinar.


(Fica pra vocês leitores, agora, o desafio de decifrar o significado, o sentido do que escrevo! Usem o espaço dos comentários para discutirmos!)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sem reciprocidade

Guardar alguém no pensamento, pensar noite e dia neste alguém... E este alguém não te conhece.
Ter sempre a palavra certa pra hora certa, o conselho apropriado... E este alguém nunca ouviu tua voz, tampouco segue teus conselhos.

Ainda assim, não desistir. Cercar, e ainda assim deixar livre... Ainda assim, continuar desconhecido.

Quantos de nós passamos pela triste realidade, de amar e não ser amado. De dar do fundo do seu coração o melhor conselho, a melhor palavra e direção, e ver a indiferença. Indiferença essa que está fazendo a diferença para que a realidade no mundo seja cada vez mais igual. Não se sabe dar amor, não se sabe receber. Tato, olfato, visão, paladar... para dar a cada um de nós o direito de ter os sentidos em nosso favor, mas estamos, e estaremos sempre à margem da superfície.

Amor que vai, e não volta. E na espera pela volta que nunca acontece, fica a amargura de um doce que se estraga. Perde-se o tempo... Luz que é ofuscada, luz que mais parece apagada.

Quantos de nós passamos por isso... quantos de nós ainda vamos passar.

Como é fácil nos colocar no lugar de quem ama, e permanacer caminhando de braços cruzados...

Difícil é ver, de braços abertos, quem não é amado, e ama: Ainda ama.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Passaporte Frente - Verso

Parto a um destino
Parto um coração
Saudade, gestante em parto.

Na chegada, braços abertos
Sorrisos cansados e vivos.
Mãos que se enchem de mim
Mas não têm a mim por inteiro.

E não é que eu mê o direito
De deixar de me dar por reservas...
Acontece que, querendo ou não
Há o outro lado da moeda.

Eu, quando vou, também fico
E, ficando, estou em lembranças
E as esperas de sorrisos amigos
Guardam o eu que não foi nas andanças

E assim, mesmo assim sem ser dois
Me encontro na ida e na volta
Sem revolta de achar que o que foi
Não é o que ficou onde mora.

O que mais me alegra e anima
É saber que estou aqui, no agora
Amanhã no retorno a mim mesmo
Encontrarei bem cuidado e com zelo
Ao eu que fiquei neste aguardo.