segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eureka!

No meio de tanta tralha dentro de mim, descobri um coração!

E, com certo cansaço ainda batia, mas o som de seu bater era abafado, ocultado pela tralha. Batia, como quem também tivesse cérebro e razão, e com insistência ainda bate, cego em esperança.

E foi assim, cego, que cheguei a pensar que fui criado para ser como uma máquina. Liga/desliga, funcionamento, produção! No máximo, um pouco de manutenção. Sentir não parecia algo apropriado para mim.

O pior de tudo, é que esta descoberta vai ser algumas vezes esquecida, e precisará ser redescoberta mais na frente, como se fosse novidade mais uma vez. Já não sei dizer se essa é a primeira vez que escuto em meio aos escombros este ser batente.

O que importa, é a descoberta! E eu não sei quanto tempo este achado estará em minha memória, eu preciso convencer essa lata de carne e osso, que no meio de todo o entulho eu achei um coração! Como um tesouro achado em mim mesmo, me convidando a sentir o calor do bater, e a pulsar, caminhar, respirar junto com ele!

Sentir, essa é a minha mais nova descoberta!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

De outro mundo

Somos seres mágicos, encantados... Dotados de sensibilidade, abstração e subjetividade.

Indivíduos que têm em si a facilidade de encantar, sem fazer força... Um simples "ser" faz tudo acontecer diferente, e causa sensações, emoções, confusões.

Capacitados de olhar além, de escutar a riqueza do discurso do silêncio... Expressar a alma, retratar o coração. Desafiar a inteligência, explorar os limites.

Às vezes são estranhos. Têm costumes e manias. E todo esse mistério nos torna ainda mais encantados, encantadores... COMO SE FÔSSEMOS DE OUTRO MUNDO.

Ah, somos seres mágicos, sim! Sensibilidade, abstração... Capazes de encantar, e, acima de tudo: dotados de humanidade.

Pffz... Como se fôssemos de outro mundo! Talvez até seja, um outro mundo onde existe conta pra pagar, trânsito pra enfrentar, luta pra viver... Mundo nosso, igualzinho a esse!

Além de músico, preciso aprender a ser humano, e herói. Pois grandes poderes... né, Homem-Aranha?


terça-feira, 17 de maio de 2011

Resultado do Desafio: Ag(o)radeço!

Para dar uma nova cara ao desafio, e deixar as coisas mais organizadas, tomei duas medidas!

A primeira, é uma explicação sobre o desafio, que você pode acessar clicando em 'Promoções', em nosso menu. Lá, todos poderão encontrar uma instrução clara de como o Desafio está acontecendo. Ainda assim, aqueles que tiverem dúvidas, poderão me contatar.

E a segunda, é que eu vou dedicar um post inteiro para a divulgação do ganhador, do seu argumento, e da minha explicação sobre o post em questão!

Pois bem, vamos lá!

Quem ganhou o desafio dessa vez foi a Juliane! (quem não sabia?)

Lá vai sua explicação:


[Agradeço] tem explicitamente sentido de AGORA-DESÇO. Talvez ele desça pro mar, já que só sobe uma vez por outra pra 'pegar ar', ar para respirar, ou uma bela de uma 'pegada de ar', uma raiva da braba!

Obrigado! Não necessariamente agradece, mas expõe seu sentido de 'obrigação' em ter que agir da maneira que descreve.

Nada! Nadinha.
Nada! Nadando. no imenso mar de nada, que nada!

Só mente = apenas mente, mente a minha mente sobre o que é água pra mim...
Ao mesmo tempo que possui sentido de SOMENTE, é somente a minha mente, que mente!

Só mente , mente só.

E mente sozinha.

No fim o peixe que não vive só de ar, deve descer, e a mente que mente, somente sobre a água, descobre que não é mole não!

E no final das contas agradece e desce, ainda que OBRIGADO, enfim.



Sendo assim, lá vai a minha explicação:

Se esse post tem um objetivo em si, seria brincar com o sentido da palavra "Obrigado". Obrigado, no sentido de agradecer, e obrigado, no sentido de não ter escolha.

Nos dias de hoje é cada vez mais claro a ideia de que fazemos coisas demais, andamos praticando pouco a questão de respirar! Logo, eu pensei na analogia de procurar comparar a nossa vida como a vida dos peixes, obrigados sempre a nadar, e as vezes, sobem à superfície para pegar mais ar, respirar.

São poucas as vezes que, hoje em dia, temos o privilégio de pensar, se deleitar com uma música, sentir o vento no rosto. E das vezes que temos oportunidade, são curtíssimas. É o tempo de respirar, e voltar pra o imenso nada, pra nadar.

E, forçado que somos a cumprir nossos objetivos, quebrar records mundiais todos os dias, nossa mente acaba sendo adestrada a acreditar que ainda assim, essa água que nos sufoca, que nadamos sem fim, é mole, e não temos o direito de reclamar.

Apesar de toda a tristeza e introspecção que mergulhamos ao ler o texto, a última estrofe nos indica uma esperança possível, talvez uma aceitação que água é mole, e que ela é o destino do peixe (nós). Mas não podemos aceitar que as águas nos levem, remamos contra, e ainda assim, agradecemos, pois ainda é possível encontrar nas forças dessa correnteza, a beleza de viver!


É isso!

Comentem sobre a ganhadora, sobre sua explicação, e a minha! E esperem o próximo DESAFIO!




quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ag(o)radeço!

Obrigado!
E logo depois de nada, não tem de quê se orgulhar
Não tem de quê se aventurar, não tem...

Nada!
Agora desço pra realidade, nado no imenso nada
Subindo às vezes pra pegar mais ar, e só...

Só mente!
A minha mente sobre o que é água pra mim
Nem sempre água quer dizer algo que é mole, enfim

No fim, nunca vi peixe viver só de ar
Contra a maré, tô sempre a remar
Remanescendo sem poder e ter do que reclamar...

Obrigado!





sexta-feira, 6 de maio de 2011

Uma coisa puxa outra.

Apreço, preço que paguei
Pra ter sossego na vida.

Linda, ainda que real
E minha, na medida em que caminho.

Indo, preferindo não parar
E sentindo a existência me arrastar.

Hoje, amanhã, ontem, sei lá!
Tempo é medida pra pouco,
E pra ser pouco, lutam pra me ensinar.


(Fica pra vocês leitores, agora, o desafio de decifrar o significado, o sentido do que escrevo! Usem o espaço dos comentários para discutirmos!)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sem reciprocidade

Guardar alguém no pensamento, pensar noite e dia neste alguém... E este alguém não te conhece.
Ter sempre a palavra certa pra hora certa, o conselho apropriado... E este alguém nunca ouviu tua voz, tampouco segue teus conselhos.

Ainda assim, não desistir. Cercar, e ainda assim deixar livre... Ainda assim, continuar desconhecido.

Quantos de nós passamos pela triste realidade, de amar e não ser amado. De dar do fundo do seu coração o melhor conselho, a melhor palavra e direção, e ver a indiferença. Indiferença essa que está fazendo a diferença para que a realidade no mundo seja cada vez mais igual. Não se sabe dar amor, não se sabe receber. Tato, olfato, visão, paladar... para dar a cada um de nós o direito de ter os sentidos em nosso favor, mas estamos, e estaremos sempre à margem da superfície.

Amor que vai, e não volta. E na espera pela volta que nunca acontece, fica a amargura de um doce que se estraga. Perde-se o tempo... Luz que é ofuscada, luz que mais parece apagada.

Quantos de nós passamos por isso... quantos de nós ainda vamos passar.

Como é fácil nos colocar no lugar de quem ama, e permanacer caminhando de braços cruzados...

Difícil é ver, de braços abertos, quem não é amado, e ama: Ainda ama.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Passaporte Frente - Verso

Parto a um destino
Parto um coração
Saudade, gestante em parto.

Na chegada, braços abertos
Sorrisos cansados e vivos.
Mãos que se enchem de mim
Mas não têm a mim por inteiro.

E não é que eu mê o direito
De deixar de me dar por reservas...
Acontece que, querendo ou não
Há o outro lado da moeda.

Eu, quando vou, também fico
E, ficando, estou em lembranças
E as esperas de sorrisos amigos
Guardam o eu que não foi nas andanças

E assim, mesmo assim sem ser dois
Me encontro na ida e na volta
Sem revolta de achar que o que foi
Não é o que ficou onde mora.

O que mais me alegra e anima
É saber que estou aqui, no agora
Amanhã no retorno a mim mesmo
Encontrarei bem cuidado e com zelo
Ao eu que fiquei neste aguardo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ser, falar, fazer..

O que penso, o que passo, o que posso fazer?

Nessa ponte onde tropeço nessas três pedras no caminho, percebo que antes de trilhar qualquer destino, é dentro de mim que começa a primeira viagem.

É preciso parar. Não dá pra ser o que o caminho te faz pro resto da vida. Uma hora, cedo ou tarde, é preciso parar, ver que o que pensamos, passamos e fazemos precisa encontrar sincronia.

Pensamos, e pensamos aos montes. Pensamos o melhor pra nós, para as pessoas que vivem ao nosso redor, para o mundo inteiro. E muitas vezes, é justamente no ato de externar nossos pensamentos que costumamos nos perder. Temos a incrível habilidade de sermos aquilo que não queríamos.

Devia ser por isso que a palavra antigamente valia tanto. Quanta honra ser considerado pela sociedade um "homem de palavra". Quando se falava, se dava o atestado, o compromisso que o que tinha sido dito, seria feito, foi dada a palavra. Falar o que se pensa nos dá a abertura de permitir ser conhecido, por isso é bom primeiro pensar, para que se conheça de você o que você de fato é (nada mais justo).

Fazer o que se fala, que por sua vez se pensa (ou deveria), deve ser simplesmente a consequência de ser, e ser com dignidade o que se é, e o que se conhece de si mesmo. É preciso se localizar no meio da multidão, eu não posso permitir com que eu vá me somar a outros tantos pra chegar perto de ser um, e correr o risco de não ser. Por isso que ouvimos "Diga-me quem tu andas, e direi quem és". É a mais pura realidade, mas sem tanta santidade em meus ditos, arrisco dizer e atualizar esta máxima dizendo:

Diga-me e sejas quem tu és, e eu não precisarei dizer nada.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ponto de Interrogação!

É isso! Depois de tanto tempo prometendo, finalmente postarei a primeira música do BLOG! E virão muitas por aí!

Ela aqui está no que eu chamaria de "DEMO", não é sua versão final! Mas já dá pra sentir um pouco do que ela vai ser, e aumentar a nossa expectativa nesse novo trabalho do blog!

Sobre a música: A letra foi inspirada em uma história verdadeira, de uma partilha de um grande amigo meu comigo, e, após a identificação com sua história, saiu essa letra! Ela já diz um bocado!

Fica o espaço dos comentários para debatermos as várias possibilidades de interpretação! Segue abaixo a letra da música, e o link para download!

Baixe a música AQUI.

Letra:

Ponto de Interrogação

Autor: Nettinho Amorim


Neste peito todo aberto

Feito céu de sol em pé

Carrego por certo, o incerto

Não querer por mal me quer


Sem respostas pras perguntas

Onde está o x da questão?

Convicção em crise de existencia

Ponto de interrogação...


Se for assim, como vai ser?


De mãos dadas com o tempo

E a razão como estrada

Emoção contida, adestrada, certa e viva

Natural como saber que o agora basta


Se for assim, como vai ser?

Eu só preciso assim saber


Se por acaso eu passei aí?

Ou se me perdi em outra esquina...

Mas se nesse caso, eu aí estiver, me avisa...


Se por acaso eu passei aí?

Ou se me perdi em outra esquina...

Mas se nesse caso, eu aí estiver, me avisa...

E organiza esse encontro meu comigo em ti

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Expectativas!

E aí pessoal!

Vocês já viram que no cantinho direito superior do blog tem uma enquete, né? Garanto que essa é a última pergunta que eu faço neste post.

Tudo isso pra dizer que este post é feito de expectativas para o próximo post. Portanto, você que curte e acompanha o blog, fique de olho, sempre atento aos anúncios no twitter e no facebook!

Obrigado a todos pela atenção, e pela frequência por aqui! Até o PRÓXIMO!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Culpa

Tenho um segredo pra contar pra vocês: a culpa é toda minha.

Sou réu confesso, mas confesso que não sabia, descobri, mas que bom, nem é tão tarde assim.

Nem sempre é fácil admitir, não é confortável, mas não vejo outra saída, preciso dizer: a culpa é minha sim. Mas talvez minha culpa aumente um pouco, porque você, ao ler isto aqui, pode também se sentir culpado. Mas garanto que, enquanto eu estiver escrevendo, e você lendo, a culpa ainda é minha: pra onde a culpa vai quando aqui eu terminar, eu não sei. Mas só sei que vai.

Somos capazes de fazer sorrisos, risadas que saem de nós e se estampam em outros. Somos capazes também, de consolar muitas vezes corações que se auto-julgam inconsoláveis. E sabemos atribuir a razão de tais feitos, sem modéstia alguma, a nós mesmos.

Por que será, que não sei atribuir a mim mesmo, as vezes que nem sempre sou tratado como queria? Nem sempre escuto de volta o meu "bom dia"?

A culpa é minha. Eu sempre precisei saber, e agora sei, que quando não bastar somente me dar, é porque vai ser preciso retirar do outro o seu melhor. Já ouvi dizer que quem encontra um amigo, encontra um tesouro. E não é por acaso: é preciso conhecer aonde brilha, e para que o brilho oposto não se ofusque, é preciso que eu busque sempre o brilho. Que eu saiba tirar a poeira, a sujeira. Olhando pro meu umbigo, não consigo, achar o brilho que o oposto pode dar.

E é por isso que a culpa por enquanto ainda é minha, pois as palavras já se findam, as letras se esgotam. E na medida que cada palavra sai da minha cabeça, junto com cada letra, grudada e entrelaçada vai a culpa. Já não há mais espaço pra olhar pra si, e se culpar: preciso olhar pra frente, para os lados, e para trás. E assim, sutilmente, sem festa e sem desespero, dê boas vindas para aquela que era minha, e agora passa a ser sua. E lá se vai a culpa...

Pensamento remetente, de repente

Esta não é uma carta apaixonada,
Nem se trata de promessas do que serei.
Também não peço o que em ti mais quero,
Nem mesmo enxergo como o amanhã pode se trazer aqui.

Tudo isso pra dizer que eu não sei o que quero amanhã
Só sei dizer o que não quero.
O amanhã, se vier, pode chegar!

E o que eu não quero, apesar de tudo, é quase nada
Nem pesar na embalagem, vai pesar.
Pensando bem, é bom pensar só amanhã,
Porque o hoje tá tão bom de se viver!

Do céu, não peço nada mais que a chuva
Pois até o vinho, vem da terra, vem da uva
E, chovendo, o que colhi, vira meu pão
E ali, alimentado viverei.

E sem peso, nem desprezo vou saindo
Vagaroso, pro jajá, me encaminhando
Se me encontro já me fujo, me esvaindo
No caminho, me encaminho pro amanhã.

Feito dança, feito roda, roda viva
Vivo, e viva, Se assim bom me julgar!
Finjo, caio, rodopio, pulo, paro
Mas do passo, não me canso de dançar!

O meu rastro, por aí, vem me seguindo
Muito grato sou de hoje te encontrar
Amanhã, se quiser ter meu destino
Folha em branco, em tuas mãos, Deus vem te dar.

Naturalmente, sem corrente, uma semente
Decorrente de um ontem, vou plantar.
E dessa chuva, na torrente não afogue,
Pois só peço pra molhar, nutrir: e brote
Em boa terra, neste agora, o que será!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sinfonia Cotidiana

Calmamente, a Lua foge, e dá lugar, todo dia, ao Mestre Sol.

E em sua chegada, como que em um acordo firmado, o dia começa. A luz nos acorda, o acorde nos levanta. E, vagarosamente, sem ensaio e sem arranjo, a sinfonia cotidiana toma forma, e suas apresentações não costumam se repetir.

Sol em mim já não é luz que brilha, mas são duas notas em harmonia. Em pequenos disparos, marcando o passo, o coração nos dá o andamento de como devemos passear. E é preciso caminhar sem dó. Afinal, nessa sinfonia, ela não nos permite viver de ré.

Sem dó, sem medo de errar, pois nessa sinfonia errar faz parte da beleza, que nos dá a certeza que viver é natural, e sem mal algum a gente vive, e é preciso viver cantando a melodia. Por mais que à noite, já não se veja mais a primeira harmonia, Sol em mim não é impossível, a Lua em Si traz um Sol menor. E naturalmente, todo dia, seja possível ouvir o coração, e não ver nele só um sinal de sobrevivência, mas sim, um convite à harmonizar a tua melodia, com a sinfonia cotidiana.

(Depois de uma semana sem postar por pequenos probleminhas, tá aí mais um post, só pra desenterrar mesmo! Interaja conosco nos comentários!)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uso capião? Aqui não!

Shhhhhhh, silêncio. Mais respeito! Você sabe onde está?

É engraçado dizer isso, mas quem tá falando sou eu, diretamente da sua cabeça! Mais silêncio!
Não me pergunte como eu entrei aqui, mas a verdade é que, sem permissão ou não, estou aqui.

Não serei como um médico, e te direi o que precisa de cura. Não. Nem serei como um domador, que dominarei seus pensamentos e... não! Eu estarei aí enquanto você estiver lendo isso aqui! Não vá agora não!

Com minhas silenciosas palavras, quero te alertar que tem muita coisa e gente gritando por aí, e fazem questão de gritar ao pé do teu ouvido. Compre, Use! Vote, Beba! Acredite, Seja!
Começa assim, uma poluição sonora dentro de você, invisível, mas destruidora. O que eu posso te adiantar é que, pra eu poder estar aí agora, eu tive que batalhar por um espaço.

Adianto que assim, silenciosamente, por aí agora passo, e faço questão de te dizer: exija o teu respeito, mostre o teu espaço! E que silenciosamente a tudo isso você possa responder, como quem grita sem dizer: Respeito é bom, e eu gosto!

Que o silêncio não te esvazie, mas mostre o respeito às coisas que tu tens aqui. E quantas coisas boas, apagadas, pixadas, esquecidas. O carnaval que aqui passou precisa te deixar só a alegria, e não a sujeira. Permita o silêncio te apontar novamente todos estes lugares, e mais uma vez, grite! Ainda que silenciosamente: Mais respeito!

Dê a chance a você de ser você, vindo diretamente de? Você! Permita-se ser, observar, aproveitar. Crie, imagine, realize. Dê a voz a quem merece, dê a vez a quem pode. E tudo, vagarosamente, volta ao Seu normal... E aí sim, é possível mais uma vez, conhecer este aí, este aqui, melhor dizendo: Quero apresentar a você, você!

E assim, silenciosamente vou saindo, e te dando o seu lugar. Shhhhh...

NOVIDADES POR AQUI!

Atenção, atenção! Vim aqui para postar uma novidade no blog! É a seção Cartão de Visita, que você pode ver aqui acima, em nosso menu.

Lá você fica por dentro da finalidade do blog, em resumo.

E atenção novamente! Temos lá também agora, um explicativo sobre como interagir com o blog! Portanto, dê uma clicadinha lá, e veja como participar e fermatar os pensamentos, cabeça por cabeça!

E eu também gostaria de agradecer a marca que alcançamos por aqui! Para um blog pessoal, é uma marca assustadora ver que em tão pouco tempo, chegamos às 900 visitas!

Então é isso! Jajá post novo! Obrigado ;D

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lúcida embriaguez

Já dizia Belchior que viver, é melhor que sonhar. Mas experimente tirar os sonhos da vida.

Viver, ultimamente, só é melhor porque se sonha. Manter-se de olhos abertos há muito tem sido uma tortura a qualquer coração que pense, qualquer cabeça que ame. É tudo cada vez mais quente, inconsciente, inconsequente, estridente, excludente. O vizinho não sabe viver, e eu não sei conviver com o vizinho, sobra culpa e culpado pra todo lado. Viver é melhor que sonhar? Já é hora de jogar tudo pro ar?

Mais uma dose de sonho, por favor!

Outro dia, mais um dia. Os dias passam, a gente fica, e fica cada vez mais feia a situação por aqui, nesse lugar chamado realidade. O que antes se chamava desafio, agora é impedimento. O que era barreira, virou impossível. Até estrelas quando caem, já não caem mais acompanhadas dos nossos pedidos, de olhos voltados para o céu. Olhar para o céu? Alguém consegue? Olhar para os lados, e para baixo, não têm sido suficientes para buscar um saída. Ainda nos resta olhar para o céu, pedir aos céus. O dia já acabou, hora de fechar os olhos.

Outra dose de sonho. Agora, com um pouco mais de esperança, se não é pedir demais.

Ctrl+C, Ctrl+V. O ser humano e a grande capacidade de se repetir por sobre os dias, a vida se torna tão igual assim. Viver só é melhor que sonhar, se sonhar te levar a viver. Só peço a Deus para que toda noite me alimente com sonhos, que me apontem pra realidade. Só peço o combustível para que eu possa caminhar em paz. E só peço a gentileza de não errar a avenida que me transporta da vida pro sonho, e vice-versa, para que eu busque de lá, o que eu preciso cá, e eu preciso. Quero viver para dar continuidade a sonhos, e só peço para que estes, por sua vez, nunca se esgotem, nunca!

Mais uma dose, por favor!


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Meu espelho, teu espelho (visões poético-biográficas)

Muito prazer, Este sou Eu.
Carrego comigo eu mesmo,
Aquilo que de mim não se perdeu,
E aquilo que não foge do que eu mereço.

Estar, querer, buscar
Querer, sentir, querer
Passos largos, pulso, respiração
Ar, sentido, razão.

Estando aqui, carrego a bagagem de onde estive
Por onde passei, por onde quis passar
O querer me arrastou até aqui
E o buscar, me ensinou a não ficar

Feito chama, feito luz, feito calor
O que quis ontem, leva ao quero e ao querer
Se por frio, por escuro, ou amor
Eu já fui, penso, quero e sou

No caminho, de passagem eternamente
Minha visão não pode se acostumar
A ver sempre a mesma cor, o mesmo brilho
Se parado, eu assim, te encontrar

Caminho sobre as vontades, o pulso marca o tempo
Respiro a beleza da vida, expiro a vida em canção
Vejo o agora como certo
Enxergando um horizonte em questão.

(Arrisque-se ao me ver em você
Ou seria se ver em mim?
Chamo a esta poesia, espelho
Hoje, escrevo e me vejo
Amanhã você lê, e enxerga
Que como eu, até foge e nega,
Mas, comigo, acaba sendo mesmo assim.)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inocência x Esperança

Innocence

I woke today
Inside a train of dreams
The rain poured down in black and white
I stood and stared
The rest of what remains
Of my own world crumbling around

I held my tears
One day comes after another

The falling rain
Caressed my skin again
Just let it flow to wash away
A time gone by
A feeling long denied
My heart is no more bound in pain

And now it's clear
One day leads on to another
I dry my tears
There's so much else to discover
Somewhere

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

And now it's clear
One day leads on to another
We'll fight our fears
And find the way back to each other

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

Esses dias, revirando minhas coisas do Shaman no meu PC, me deparei com essa música, em meio a uma audição do disco onde ela está contida, "Reason". Em meio à toda beleza instrumental dessa canção, a letra dela me chamou atenção, a começar pelo título.

Nós muitas vezes pensamos estar perdendo a inocência na transição da infância para a vida adulta. Mas se isso for uma verdade absoluta, como então reconhecer ter passado essa fase transitória? É possível definir o seu fim?

Se isso for uma verdade absoluta, será que podemos dizer, no último suspiro, no fim da vida, que atravessamos a ponte que nos leva a uma completa falta de inocência?

O compositor desta música pôde me provar, que eu estou passivo a responder minhas indagações com um sonoro NÃO.

Quantas vezes a gente não acorda com a sensação de que tudo que está ao nosso redor agora cheira a passado, com um gosto amargo, típico de coisas que já não fazem mais sentido... A nossa visão se converte a uma espécie de daltonismo, onde um arco-íris pode ser contemplado em preto-e-branco... Mas o coração, ao bater, meio que nos acorda do que seria um sonho triste, ou nos leva a anseiar por um novo dia, alimentado de um verdadeiro sonho.

Coisas que vivenciamos todo dia, podem nos fazer entender que cada passo que se dá nesta terra de ninguém pode ser como uma vagarosa construção interminável, ou uma destruição de uma muralha a pequenas pedradas solitárias. A transição de sensações tão contrárias é quase que imediata.

Construindo, ou destruindo, no final, a inocência que se esvai dá lugar à esperança, que nos mostra que não saímos do caminho, ele ainda está aí, bem debaixo dos nossos pés. O que nos somos capazes de ver é que, o caminho que está por trás de nós agora se chama experiência, e a memória vai nos permitir sempre visitar estes caminhos passados, para que não seja necessário estarmos presentes fisicamente no que já passou.

E se nesse caminho que trilhamos, estamos em busca de recuperarmos o que perdemos, ou se estamos buscando o desconhecido, acredito que tudo isso é a mesma coisa, uma questão de ótica. Se corremos em busca da inocência perdida, o que mais é a inocência, do que a capacidade de ver o mundo com um ar de novidade?

Por isso, quero cada vez mais os sonhos, a idealização, a esperança. Para que não falte vontade de ver a vida como uma criança crescida. Isto aqui ainda pode me divertir, eu ainda estou aqui! Que o não, dado para as minhas próprias indagações, não me faça desanimar, e nem desistir de viver em busca do SIM. A isso você pode chamar de inocência, ou esperança... Depende de como você vê.

Link para tradução e áudio da música:




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Favor entregar no destino correto!

Remetente: Eu
Endereço: A minha maior paixão

Destinatário: A minha maior paixão
Endereço: Pavilhão existir, Cela Liberdade

Na prisão de tuas mãos, encontro a mim e a liberdade
Que me permitem ver os limites entre as pontas de teus dedos, onde não mais te respiro
Não pedi para estar aqui, também não peço pra sair,
Me ver em tuas mãos é minha única verdade.

Na estranha sensação do possuir, em tuas mão me arrisco a também ter-te
És verdade, és real, sei que um dia vou te perder
Mas por mais que mais me tenhas,
Também e só a ti posso ter.

E no mais íntimo, fugindo até de mim, ainda assim te encontro
E até rendido, desarmado de mim
Diante, dentro, sendo contigo, entrego os pontos.

Só posso assim, agora querer-te
E em ti, o pensamento fincar
Aproveitar cada segundo,
Não posso querer te alcançar, tampouco estar ao teu lado
Estás em mim, e é em ti que posso me encontrar

Tenho medo de pensar que tua mão pode me soltar
E por mais que saiba que a verdade deste dia bem exista
Me esquivo, me conforto, aqui é sim o meu lugar!
Tu me tens, quero ser eternamente teu!

A ti dedico minhas horas, meus dias, meu pensar
A ti, minha maior paixão,

Vida.

(Agora sim, a vocês leitores, perdoem-me a falta de inspiração!
Quem pode fazer essa entrega pra mim?)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Viver, vivendo

Eu hoje passei o dia com uma música na cabeça, e eu não poderia ir dormir se eu não escrevesse hoje aqui sobre como ela fez eu pensar.

Confesso que, apesar de ter um gosto bem abusado em termos musicais, tem coisas bem pop que eu gosto muito.

Eu hoje lembrei de uma música do Bon Jovi (banda americana que estourou nos anos 80 e para se manter hoje em dia, se reinventou de maneira mais comercial), chamada "It's my Life". E eu nunca pensei que ela me faria pensar como fez hoje.

Me surpreendi com a letra dela em geral, mas uma frase chamou atenção: " I just wanna live while I'm alive" (Eu só quero viver enquanto estou vivo). O mais legal é que, vendo pelo contexto da música, ele não tratava de uma filosofia barata do tipo "vamo viver feito doido, enquanto temos tempo". Ele fala justamente do sentido da luta que é viver.

Vi que tem muita gente viva, e morta ao mesmo tempo. Gente que vive pra contar os segundos, minutos e horas de seu relógio. Gente que vive pra passar as folhas do calendário. Quantos acontecimentos dolorosos também, que podem nos fazer morrer sem percebermos.

A morte é algo certo, mas tem sua hora. E, que bom é saber, que tudo tem sua hora. Melhor ainda é saber que temos mais tempo pra viver, pra morrer nós ainda teremos a hora. O que temos e o que teremos são coisas distintas, e ainda bem! Tem gente que conseguiu a proeza de misturar estes momentos, estes tempos.

Eu não viverei para sempre, tudo que tenho agora, é o agora. Eu só quero viver enquanto tô vivo, se é pouco tempo ou não, precisamos fazer de tudo para que a vida que tenho possa ser geradora de sorrisos, de lágrimas doces, de presença. Temos o tempo do "enquanto" para fazer a vida mais que uma passagem: existem atos que perpetuam a nossa existência na vida de quem vai ficando por aqui, e mesmo que os méritos não sejam creditados a você, gerações e gerações podem aprender a viver de uma maneira mais leve, viver enquanto vivem, se assim eu e você também fizermos.

Eu vejo esse blog de forma muito singela, não penso que ele me trará sucesso, ou fará de mim grande escritor. Mas eu sei que, eu não posso me conformar em ser mais um, que conta os dias olhando pro teto.

Que a minha luta pessoal ganhe sentido na vida de cada pessoa que se enche de esperança ao ler coisas tão minhas como este texto, e que coisas como você acabou de ler te gere também inconformismo, será que dá pra continuar vivo, morrendo?

Que fique aqui, o relato de que eu ainda estou vivo, e que se vocês me derem licença, vou viver! E vou viver assim, vivendo!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Amanhã, e agora?

Essa afirmação seguida de uma indagação pode ser fundamental quando se pensa em existir. E existir já não é tarefa tão fácil.

Se engana quem pensa que "penso, logo existo". Quantas vezes ouvimos pessoas dizer "Pra mim fulano nem existe", "finjo que ela não existe"... Eu diria, então: "Penso, posso existir".

Não existe nada que me faça pensar mais do que imaginar que existe um amanhã. Aquele danado incerto que carrega o certo do passado para o que há de ser presente.

Acontece que, ao pensar muitas vezes no amanhã, deixamos de existir no hoje, e mais uma vez o duelo Vazio x Vazio se trava. E agora?

O Agora vive no meio do fogo cruzado existente entre o passado e o presente. E nessa luta preciso tomar meu partido, decisão. Meu Agora precisa deixar de ser uma destruição do passado, para ser uma construção do amanhã. E agora?

Pensamento, impulso, silêncio e som. Coisas que dando seu contraste nos convidam a fazer a harmonia de tudo: De um passado negro ou nem tanto, de um futuro em branco, mas principalmente, das cores e possibilidades que temos em nossas mãos, pra fazer da existência algo mais interessante do que uma obra em tons de cinza.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Boas-vindas!

Antes de tudo, seja bem-vindo eu por aqui!

Agora sim, seja muito bem-vindo você!


Começo assim para explicar o porque deste blog: Colocar aqui a minha visão sobre coisas em geral, e geral é muita coisa, muito vago... E é assim que vai ser por aqui! Aqui vai aparecer de tudo, mas principalmente EU. Por isso preciso ser bem-vindo aqui. O que eu vejo, o que crio, o que faço, o que eu publicarei aqui.

Explicando o nome do blog.

Fermata é um recurso utilizado na música, para indicar que a nota sobre a qual é utilizada tal recurso não tem tempo definido de duração. Ou seja, durante uma nota em fermata, quem diz quanto tempo ela deve durar é o executante do som, o instrumentista ou cantor, ou o regente.

Pensar é um ato que todos nós fazemos, e fazemos aos montes. Aquilo que não der pra passar em branco, estará aqui. Fermate idéias você também, execute-as!