segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inocência x Esperança

Innocence

I woke today
Inside a train of dreams
The rain poured down in black and white
I stood and stared
The rest of what remains
Of my own world crumbling around

I held my tears
One day comes after another

The falling rain
Caressed my skin again
Just let it flow to wash away
A time gone by
A feeling long denied
My heart is no more bound in pain

And now it's clear
One day leads on to another
I dry my tears
There's so much else to discover
Somewhere

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

And now it's clear
One day leads on to another
We'll fight our fears
And find the way back to each other

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart

I hear the sound
A thousand voices
I lost my innocence
I'm on my way
Across the desert
To rescue what I sent
Out of my heart and way

Esses dias, revirando minhas coisas do Shaman no meu PC, me deparei com essa música, em meio a uma audição do disco onde ela está contida, "Reason". Em meio à toda beleza instrumental dessa canção, a letra dela me chamou atenção, a começar pelo título.

Nós muitas vezes pensamos estar perdendo a inocência na transição da infância para a vida adulta. Mas se isso for uma verdade absoluta, como então reconhecer ter passado essa fase transitória? É possível definir o seu fim?

Se isso for uma verdade absoluta, será que podemos dizer, no último suspiro, no fim da vida, que atravessamos a ponte que nos leva a uma completa falta de inocência?

O compositor desta música pôde me provar, que eu estou passivo a responder minhas indagações com um sonoro NÃO.

Quantas vezes a gente não acorda com a sensação de que tudo que está ao nosso redor agora cheira a passado, com um gosto amargo, típico de coisas que já não fazem mais sentido... A nossa visão se converte a uma espécie de daltonismo, onde um arco-íris pode ser contemplado em preto-e-branco... Mas o coração, ao bater, meio que nos acorda do que seria um sonho triste, ou nos leva a anseiar por um novo dia, alimentado de um verdadeiro sonho.

Coisas que vivenciamos todo dia, podem nos fazer entender que cada passo que se dá nesta terra de ninguém pode ser como uma vagarosa construção interminável, ou uma destruição de uma muralha a pequenas pedradas solitárias. A transição de sensações tão contrárias é quase que imediata.

Construindo, ou destruindo, no final, a inocência que se esvai dá lugar à esperança, que nos mostra que não saímos do caminho, ele ainda está aí, bem debaixo dos nossos pés. O que nos somos capazes de ver é que, o caminho que está por trás de nós agora se chama experiência, e a memória vai nos permitir sempre visitar estes caminhos passados, para que não seja necessário estarmos presentes fisicamente no que já passou.

E se nesse caminho que trilhamos, estamos em busca de recuperarmos o que perdemos, ou se estamos buscando o desconhecido, acredito que tudo isso é a mesma coisa, uma questão de ótica. Se corremos em busca da inocência perdida, o que mais é a inocência, do que a capacidade de ver o mundo com um ar de novidade?

Por isso, quero cada vez mais os sonhos, a idealização, a esperança. Para que não falte vontade de ver a vida como uma criança crescida. Isto aqui ainda pode me divertir, eu ainda estou aqui! Que o não, dado para as minhas próprias indagações, não me faça desanimar, e nem desistir de viver em busca do SIM. A isso você pode chamar de inocência, ou esperança... Depende de como você vê.

Link para tradução e áudio da música:




3 comentários: